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<p>Os transtornos alimentares, como bulimia e anorexia, impactam a saúde física e mental de milhões de brasileiros. O estigma social e a falta de conscientização dificultam o diagnóstico e o tratamento adequado, afetando não apenas a saúde emocional dos pacientes, mas também sua saúde bucal.</p>
<p>E um dos profissionais que pode, inclusive, diagnosticar esse tipo de problema precocemente é o dentista. Tanto a bulimia, devido ao mecanismo do vômito, quanto a anorexia causam problemas diretos nos dentes que podem ser identificados pelo especialista. No Dia Mundial da Saúde Bucal, entenda melhor como esses dois pontos de saúde se cruzam.</p>
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<h3 class="read-too__post-title">Entenda o que é &#8220;chroming&#8221; e por que ele é prejudicial para a saúde</h3>
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<h3 class="read-too__post-title">TARE: o que é o transtorno alimentar restritivo evitativo</h3>
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<h3 class="read-too__post-title">Saiba o que é compulsão alimentar, relatada por Yasmin Brunet no BBB24</h3>
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<h2>Como perceber os problemas nos dentes ligados aos transtornos alimentares?</h2>
<p>Fernando Avellar, odontologista e especialista em Adequação Nutricional e Manutenção da Homeostase, destaca os sinais mais evidentes de problemas dentários associados à bulimia: “Desgastes nos dentes, especialmente na parte palatina dos anteriores superiores, são um dos principais indícios. Além disso, a sensibilidade dentária exacerbada e o elevado risco de cáries são consequências diretas da indução ao vômito,” explica.</p>
<p>Os pacientes frequentemente apresentam outros sinais, como:</p>
<ul>
<li><strong>Halitose</strong>: o mau hálito é comum devido à presença de ácidos estomacais na boca após os episódios de vômito;</li>
<li><strong>Lesões na mucosa</strong>: as constantes irritações causadas pelo vômito podem resultar em feridas ou lesões na boca e garganta;</li>
<li><strong>Problemas estéticos</strong>: o desgaste dental pode levar a uma aparência menos estética, o que contribui para a insatisfação com a imagem corporal do paciente.</li>
</ul>
<p>A anorexia também causa sinais: “<span data-olk-copy-source="MessageBody">A má nutrição pode causar redução da saliva (xerostomia), aumentando o risco de cáries e infecções na gengiva”, considera o especialista. Ele enumera outros sinais:</span></p>
<ul>
<li><span data-olk-copy-source="MessageBody">Enfraquecimento do esmalte dentário;</span></li>
<li><span data-olk-copy-source="MessageBody">Maior suscetibilidade a doenças periodontais;</span></li>
<li><span data-olk-copy-source="MessageBody">Alterações na mucosa oral, como língua seca ou fissurada, também são possíveis.</span></li>
</ul>
<p>Avellar enfatiza que a intervenção precoce é crucial: “Quando diagnosticadas rapidamente, conseguimos, por meio de uma equipe multidisciplinar, evitar que o processo se agrave”. A equipe integrada de profissionais, incluindo médicos, dentistas, nutricionistas e psicólogos, não apenas restabelece a saúde bucal, mas também contribui para a melhora da autoestima e do bem-estar emocional dos pacientes.</p>
<h2>A importância do diagnóstico precoce</h2>
<p>Avellar ressalta que é essencial agir rapidamente. “Quando diagnosticadas rapidamente, conseguimos, por meio de uma equipe multidisciplinar, evitar que o processo se agrave.” Ele também observa que a própria ação de comer pode se tornar um gatilho para o vômito.</p>
<p>A equipe integrada de profissionais, incluindo médicos, dentistas, nutricionistas e psicólogos, não apenas restabelece a saúde bucal, mas também contribui para a melhora da autoestima e do bem-estar emocional dos pacientes.</p>
<p>Andrea Levy, psicóloga e cofundadora da ONG Obesidade Brasil, complementa: “Pacientes com bulimia enfrentam uma relação complicada com a comida e o corpo, marcada por compulsão alimentar e purgação. Isso resulta em sentimentos de culpa e vergonha, agravando a autoimagem.”</p>
<p>O estigma social muitas vezes leva os pacientes a evitarem cuidados odontológicos, temendo o julgamento.</p>
<p>“É fundamental que os profissionais de saúde bucal sejam capacitados para lidar com esses pacientes de forma acolhedora e não julgadora,” enfatiza a profissional.</p>
<h2>Abordagens terapêuticas para o paciente</h2>
<p>Danilo Suassuna, doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, fala sobre as diversas abordagens terapêuticas que podem ser utilizadas para ajudar os pacientes a lidar com os danos físicos e emocionais causados pelos transtornos alimentares.</p>
<p>“O foco é a reconstrução de uma relação saudável consigo mesmo e com o corpo, trabalhando tanto nos aspectos emocionais quanto nos impactos físicos,” explica.</p>
<ul>
<li><strong>Reconstrução da autoimagem</strong>: a distorção da autoimagem é um componente central dos transtornos alimentares. “Estratégias psicológicas, como técnicas cognitivas e comportamentais, ajudam o paciente a reavaliar suas crenças sobre o corpo e desenvolver uma percepção mais realista,” afirma Suassuna. Trabalhar com a aceitação do próprio corpo é um passo crucial para superar a autoimagem negativa e os comportamentos autodestrutivos.</li>
<li><strong>Manejo dos danos físicos</strong>: muitas vezes, os pacientes têm dificuldade em lidar com os efeitos físicos visíveis do transtorno, como perda de cabelo, pele seca e desgaste dental. “O psicólogo, em parceria com profissionais de saúde, ajuda o paciente a lidar emocionalmente com essas mudanças físicas, além de oferecer suporte para aceitar os cuidados médicos necessários,” destaca.</li>
<li><strong>Regulação emocional</strong>: os transtornos alimentares frequentemente estão associados a dificuldades em lidar com emoções intensas. “Intervenções como a Terapia Dialética Comportamental (TDC) ou técnicas de Mindfulness podem ser usadas para ajudar o paciente a identificar e regular suas emoções sem recorrer a comportamentos alimentares destrutivos,” complementa.</li>
</ul>
<h2>Apoio multidisciplinar</h2>
<p>Suassuna também enfatiza a importância da terapia de grupo, que permite que os pacientes compartilhem suas experiências com outros que estão passando por situações semelhantes. “Esse espaço de empatia e compreensão mútua pode ajudar a quebrar o isolamento que muitas vezes acompanha os transtornos alimentares,” diz.</p>
<p>Os participantes têm a oportunidade de trocar experiências e aprender novas formas de lidar com os desafios diários relacionados à alimentação e à autoimagem. A integração entre psicologia, nutrição e medicina é fundamental para um tratamento eficaz.</p>
<p>“Os nutricionistas orientam na reintrodução de hábitos alimentares saudáveis, enquanto os psicólogos trabalham com as crenças disfuncionais que o paciente tem em relação à comida e ao corpo,” explica Suassuna. Essa colaboração não só trata os danos físicos, mas também aborda as questões emocionais que contribuem para o transtorno.</p>
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<p><a href="https://stories.cnnbrasil.com.br/saude/dor-de-dente-saiba-as-principais-causas-e-quando-procurar-ajuda/">Dor de dente: saiba as principais causas e quando procurar ajuda</a></p>
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<br />Fonte: <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/saude/transtornos-alimentares-a-ligacao-entre-a-saude-mental-e-bucal/">CNN Brasil</a></p>