Justiça tributária: mudança no IR pode reduzir desigualdade no Brasil

<p> <br &sol;>&NewLine;<&sol;p>&NewLine;<div>&NewLine;<p><strong>O projeto de lei &lpar;PL&rpar; que prevê a isenção do imposto de renda &lpar;IR&rpar; para quem ganha até R&dollar; 5 mil<&sol;strong> e a taxação de pessoas que recebem mais de R&dollar; 50 mil por mês&comma; se aprovado pelo Congresso Nacional&comma; <strong>aproxima o Brasil do sistema tributário de países mais igualitários&comma; como França e Alemanha<&sol;strong>&period; A avaliação é da professora de economia da Universidade Federal de Minas Gerais &lpar;UFMG&rpar; Clara Zanon Brenck&period;<img src&equals;"https&colon;&sol;&sol;agenciabrasil&period;ebc&period;com&period;br&sol;ebc&period;png&quest;id&equals;1635600&amp&semi;o&equals;node" style&equals;"width&colon;1px&semi; height&colon;1px&semi; display&colon;inline&semi;"&sol;><img src&equals;"https&colon;&sol;&sol;agenciabrasil&period;ebc&period;com&period;br&sol;ebc&period;gif&quest;id&equals;1635600&amp&semi;o&equals;node" style&equals;"width&colon;1px&semi; height&colon;1px&semi; display&colon;inline&semi;"&sol;><&sol;p>&NewLine;<blockquote>&NewLine;<p>&OpenCurlyDoubleQuote;Países mais igualitários&comma; como os mais desenvolvidos da Europa&comma; tendem a tributar de maneira mais progressiva&period; O Brasil&comma; fazendo essa mudança&comma; vai se aproximar desses países”&comma; disse à <strong>Agência Brasil<&sol;strong>&period;<&sol;p>&NewLine;<&sol;blockquote>&NewLine;<p>Na última terça-feira &lpar;18&rpar;&comma; o <a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;agenciabrasil&period;ebc&period;com&period;br&sol;politica&sol;noticia&sol;2025-03&sol;lula-entrega-projeto-de-isencao-de-ir-para-quem-ganha-ate-r-5-mil" target&equals;"&lowbar;blank">presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou ao Congresso o PL<&sol;a>&period; Além de isentar do imposto de renda o trabalhador que recebe até R&dollar; 5 mil mensais&comma; o texto cria descontos na tributação para a faixa entre R&dollar; 5 mil e R&dollar; 7 mil&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Em contrapartida&comma; a proposta cria alíquota de cobrança de imposto para pessoas com renda superior a R&dollar; 600 mil anuais – média de R&dollar; 50 mil mensais&period; Essa cobrança dos mais ricos proporciona o que os especialistas chamam de neutralidade fiscal&comma; ou seja&comma; o que <strong>o governo deixará de arrecadar das pessoas com menores renda será compensando cobrando dos ricos<&sol;strong>&period;<&sol;p>&NewLine;<p><strong><a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;agenciabrasil&period;ebc&period;com&period;br&sol;economia&sol;noticia&sol;2025-03&sol;entenda-reforma-do-imposto-de-renda-enviada-ao-congresso">&gt&semi;&gt&semi; Entenda aqui a reforma do imposto de renda enviada ao Congresso<&sol;a><&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<p>Nas contas do Ministério da Fazenda&comma; <a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;gov&period;br&sol;fazenda&sol;pt-br&sol;central-de-conteudo&sol;publicacoes&sol;apresentacoes&sol;2025&sol;marco&sol;brasil-mais-justo-isencao-do-imposto-de-renda-para-quem-ganha-ate-5-mil-18-03-2025" target&equals;"&lowbar;blank">10 milhões de brasileiros vão parar de pagar IR<&sol;a>&comma; o que representa uma renúncia fiscal prevista em R&dollar; 25&comma;84 bilhões&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Esse valor será compensado com a cobrança de imposto de 141&comma;3 mil pessoas&period; Na base de cálculo da renda desses contribuintes serão incluídos rendimentos atualmente isentos&comma; como dividendos &lpar;distribuição de lucros de empresas&rpar;&period;  <&sol;p>&NewLine;<p>Ainda segundo a Fazenda&comma; <strong>nove em cada dez brasileiros que pagam IR terão isenção total ou parcial<&sol;strong>&period; Dos declarantes do IR&comma; mais de 26 milhões &lpar;65&percnt;&rpar; não vão pagar nada&period; Já a tributação sobre altas rendas atingirá 0&comma;13&percnt; dos contribuintes e 0&comma;06&percnt; da população&period;  <&sol;p>&NewLine;<h2>Justiça tributária<&sol;h2>&NewLine;<p><strong>A economista Clara Brenck explica que justiça tributária é a ideia de que &OpenCurlyDoubleQuote;quem recebe mais vai pagar mais proporcionalmente à sua renda”&period;<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<p>Ela exemplifica que&comma; se uma pessoa recebe R&dollar; 5 mil e paga R&dollar; 500 de imposto de renda&comma; isso representa 10&percnt; da renda&period; Se uma pessoa que ganha R&dollar; 500 mil paga R&dollar; 50 mil&comma; isso também representa 10&percnt;&comma; e é um caso em que não há justiça tributária&period;<&sol;p>&NewLine;<p>&OpenCurlyDoubleQuote;Você tem as pessoas pagando o mesmo tanto de imposto&comma; independentemente da sua renda”&comma; aponta a professora&comma; que também é pesquisadora do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades &lpar;Made&rpar; da Faculdade de Administração&comma; Economia e Contabilidade &lpar;FEA&rpar; da Universidade de São Paulo &lpar;USP&rpar;&period;<&sol;p>&NewLine;<p><strong>Segundo ela&comma; ao lado de políticas de distribuição de renda&comma; a justiça tributária é um elemento &OpenCurlyDoubleQuote;muito importante” para a redução da desigualdade de um país&period;<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<h2>Cobrança no topo<&sol;h2>&NewLine;<p>Para a professora&comma; as mudanças propostas caminham para redução da desigualdade&comma; mas ainda não são suficientes&period; Cálculos do Made apontam maior efetividade caso a alíquota dos ricos ficasse próxima de 15&percnt;&period; Isso faria com que os mais ricos e a maior parte da população que paga imposto sentissem no bolso a mesma carga tributária efetiva &HorizontalLine; o que a pessoa realmente paga de imposto no fim das contas&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Ao defender a proposta&comma; o ministro da Fazenda&comma; Fernando Haddad&comma; tem demonstrado que a alíquota efetiva da classe média é de cerca de 10&percnt;&period;<&sol;p>&NewLine;<p>&OpenCurlyDoubleQuote;O grande mérito dessa proposta é que ela abre uma avenida para a gente discutir justiça tributária”&comma; afirmou Haddad na quinta-feira &lpar;20&rpar;&comma; em entrevista ao programa <em>Bom Dia&comma; Ministro<&sol;em>&comma; transmitido pelo <strong>Canal Gov<&sol;strong>&comma; da <strong>Empresa Brasil de Comunicação &lpar;EBC&rpar;<&sol;strong>&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A professora Brenck avalia que é adequado determinar o piso de renda de R&dollar; 50 mil mensais como alvo da tributação progressiva&comma; mas acha que não são necessariamente super-ricos&period; &OpenCurlyDoubleQuote;A gente não pode chamá-los de super-ricos”&comma; diz&comma; antes de emendar&colon; &OpenCurlyDoubleQuote;é mais do que justo essas pessoas passarem a pagar mais e ir aumentando progressivamente”&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Outro fator que impede mais igualdade&comma; diz a professora da UFMG&comma; é a tributação indireta&comma; que faz com que consumidores paguem imposto na hora de comprar produtos e serviços&period; Isso faz com que pessoas de baixa renda paguem&comma; proporcionalmente&comma; mais imposto que os ricos&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Clara Brenck afirma que a primeira parte da <a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;agenciabrasil&period;ebc&period;com&period;br&sol;economia&sol;noticia&sol;2025-01&sol;entenda-principais-mudancas-da-reforma-tributaria">reforma tributária<&sol;a>&comma; que unificou tributos e teve a regulamentação sancionada no começo deste ano&comma; não resolveu o problema pelo fato de os dois temas terem sido tratados separadamente&period;<&sol;p>&NewLine;<p>&OpenCurlyDoubleQuote;A partir do momento em que você separa a reforma indireta da reforma da renda&comma; você mantém a proporção da reforma indireta na carga tributária total&comma; e é esse o problema”&comma; avalia&period;<&sol;p>&NewLine;<p>&OpenCurlyDoubleQuote;Tinha que mexer nessa composição do quanto &lbrack;da arrecadação&rsqb; que vem do imposto direto da renda e quanto que vem do indireto&period; Fazendo as duas reformas separadas&comma; você não consegue mudar as proporções”&comma; complementa&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A economista defende também que haja&comma; ao longo do tempo&comma; a correção pela inflação do valor das faixas de renda que sofrem a tributação&period; &OpenCurlyDoubleQuote;Para continuar atingindo os estratos de renda que a gente quer&period; O que chamamos de super-ricos hoje vai ser diferente daqui a 10 anos”&period;  <&sol;p>&NewLine;<h2>Desigualdade de renda<&sol;h2>&NewLine;<p><strong><a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;agenciabrasil&period;ebc&period;com&period;br&sol;economia&sol;noticia&sol;2024-04&sol;renda-dos-10-mais-ricos-e-144-vezes-superior-dos-40-mais-pobres" target&equals;"&lowbar;blank">No Brasil&comma; a renda dos 10&percnt; mais ricos é 14&comma;4 vezes superior à dos 40&percnt; mais pobres<&sol;a><&sol;strong>&comma; segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística &lpar;IBGE&rpar;&period; O esforço para reduzir a desigualdade é uma das bandeiras do governo para convencer o Congresso a aprovar o projeto de lei&period;<&sol;p>&NewLine;<blockquote>&NewLine;<p>&OpenCurlyDoubleQuote;Nós figuramos entre as dez piores distribuições de renda do mundo&period; É isso que nós temos que explicar para a sociedade&period; O Brasil está entre os dez países com pior distribuição de renda do mundo”&comma; citou Haddad no <em>Bom Dia&comma; Ministro<&sol;em>&period;<&sol;p>&NewLine;<&sol;blockquote>&NewLine;<p>&OpenCurlyDoubleQuote;Tem muita gente que tem renda que concorda com a justiça social&period; Não é porque a pessoa tem renda que ela vai deixar de votar em um projeto justo&period; Você pode ter certeza&comma; muita gente ali &lbrack;representada no Congresso&rsqb;&comma; empresário&comma; fazendeiro&comma; vai votar a favor desse projeto porque sabe que ele é justo”&comma; espera&period;<&sol;p>&NewLine;<h2>Tramitação<&sol;h2>&NewLine;<p>O texto enviado pelo governo ao Congresso passará a valer se for aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado&period; Nesse caminho&comma; a matéria pode sofrer alteração por parte dos parlamentares&period;<&sol;p>&NewLine;<p>O presidente da Câmara&comma; Hugo Motta &lpar;Republicanos-PB&rpar;&comma; disse que o Congresso terá a sensibilidade para ver o alcance social da proposta&comma; mas não descartou alterações no sentido da melhoria das medidas&period;<&sol;p>&NewLine;<p>O analista da Tendências Consultoria&comma; João Leme&comma; disse à <strong>Agência Brasil<&sol;strong> que o PL &OpenCurlyDoubleQuote;pode ser considerado um avanço em termos de justiça tributária” e corrigir algumas distorções próprias da dinâmica brasileira&comma; como o fato de os estratos mais ricos terem a maior parte da renda isenta&comma; como no caso de dividendos&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Mas ele adverte que há o risco de&comma; no Congresso&comma; não haver a aprovação da parte que trata da tributação dos mais ricos&period;<&sol;p>&NewLine;<blockquote>&NewLine;<p>&OpenCurlyDoubleQuote;Há risco de que esses mecanismos de contrapartida fiscal acabem sendo diluídos ou excluídos durante a tramitação legislativa&comma; o que tornaria a medida um tiro no pé&comma; dado que o custo fiscal não seria propriamente equalizado&comma; aumentando a incerteza fiscal&comma; deteriorando expectativas e complicando o frágil equilíbrio político e econômico do governo”&comma; analisa&period; &OpenCurlyDoubleQuote;A expectativa é que as equipes de articulação do governo pressionem pela manutenção desses contrapesos”&period;<&sol;p>&NewLine;<&sol;blockquote>&NewLine;<h2>Extremos da pirâmide social<&sol;h2>&NewLine;<p>O pesquisador Marcos Hecksher&comma; do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada &lpar;Ipea&rpar;&comma; órgão ligado ao Ministério do Planejamento e Orçamento&comma; considera que a parte mais importante e desafiadora do PL é fazer com que os que ganham mais de R&dollar; 50 mil mensais em média passem a pagar mais imposto&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Para ele&comma; tornar a tributação mais progressiva&comma; sem tantas isenções e desonerações para os mais ricos&comma; é essencial para a redução das desigualdades&comma; de forma &&num;8220&semi;que permita ao país cumprir um de seus objetivos fundamentais estabelecidos no Artigo 3º da Constituição Federal de 1988&comma; que é reduzir as desigualdades sociais e regionais”&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Hecksher&comma; especialista em desigualdade de renda&comma; adverte que a proposta governista beneficia diretamente &OpenCurlyDoubleQuote;quem está no meio da distribuição de renda&comma; não na base”&period; Dessa forma&comma; ele chama atenção para a parte do Orçamento dos governos dedicada a programas de transferência de renda&comma; como o Bolsa Família&period;<&sol;p>&NewLine;<p>&OpenCurlyDoubleQuote;A redução das desigualdades de renda realizada de 2001 a 2014 foi muito concentrada em aumento de gasto público destinado aos mais pobres”&comma; cita&period;<&sol;p>&NewLine;<p> <&excl;-- Relacionada --><&sol;p>&NewLine;<p> <&excl;-- Relacionada -->&NewLine; <&sol;div>&NewLine;<p><br &sol;>&NewLine;<br &sol;>Fonte&colon; Agência Brasil<a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;agenciabrasil&period;ebc&period;com&period;br&sol;economia&sol;noticia&sol;2025-03&sol;justica-tributaria-mudanca-no-ir-pode-reduzir-desigualdade-no-brasil"Agência Brasil<&sol;a><&sol;p>&NewLine;

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