Cartas na mesa | Colunas

<p> <br &sol;>&NewLine;<&sol;p>&NewLine;<div>&NewLine;<p>Apesar de tantos problemas assolarem o Brasil&comma; às vezes conseguimos nos livrar de alguns&period; Em 2024&comma; por exemplo&comma; recebemos novamente o certificado de país livre do sarampo&period; É um problema a menos a nos preocupar – desde que consigamos manter a cobertura vacinal&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Esse é um tema em que não existe jogo ganho&colon; a necessidade de campanhas&comma; esclarecimento&comma; divulgação é constante&comma; pois sem isso a cobertura tende sempre a cair&period; É a velha história&colon; as vacinas são eficazes&comma; reduzem o número de casos&comma; eles parecem deixar de ser uma ameaça&comma; as pessoas não ficam mais preocupadas&comma; cai o número de vacinados&period; &lpar;Isso para não falar nos movimentos organizados contrários às imunizações&comma; que nasceram praticamente junto com as campanhas de vacinação e vivem ressurgindo&comma; ora à esquerda&comma; ora à direita&comma; por vezes entre a elite&comma; outras no meio do povo&period; A história das vacinas corre paralela à história da resistência ativa a elas&rpar;&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Conscientizar a população a ponto de a maioria decidir voluntariamente vacinar seus filhos&comma; sem qualquer obrigação&comma; não é fácil – além de ser caro levar informação de forma contínua&comma; dados nem sempre são suficientes para que haja mudança de atitude&period; Se ao menos as pessoas pudessem visualizar uma epidemia se espalhando e notar como a vacinação impede seu avanço&comma; quem sabe não sairiam mais convencidas&quest;<&sol;p>&NewLine;<p>O estúdio de jogos Tiltfacto lab&comma; baseado na Dartmouth College&comma; resolveu testar a ideia criando um jogo de tabuleiro que simulasse exatamente essa situação&comma; no qual as decisões dos jogadores interferissem na progressão de uma doença e no número de mortos&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Surgia assim o jogo Pox&colon; Save the people&period; Nele&comma; indivíduos são representados por círculos distribuídos em um tabuleiro quadriculado&semi; no começo da partida dois deles dão início a um surto de doença&comma; que se espalha em direções determinadas por meio de cartas abertas aleatoriamente&period;<&sol;p>&NewLine;<p>É um jogo cooperativo&comma; no qual os jogadores precisam decidir juntos como melhor distribuir os recursos&comma; seja vacinando as pessoas antes de se infectarem&comma; depois disso ou então gastando com tratamentos para as já doentes&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Os primeiros testes mostraram que o jogo estimulava o raciocínio sistêmico&comma; revelando como os diversos aspectos de uma epidemia se interconectam e afetam uns aos outros&semi; os jogadores claramente se tornavam capazes de transpor o conhecimento adquirido para situações de vida real&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Foi interessante que a ideia de escalar o jogo&comma; criando uma versão digital com mais alcance&comma; não teve o mesmo sucesso&colon; as partidas nos tablets não desenvolviam da mesma forma o pensamento sistêmico&semi; além disso&comma; o jogo analógico era menos acelerado&comma; estimulava mais a troca de ideias entre os participantes e&comma; ao final&comma; fazia mais diferença no valor &lpar;medido em dólares&rpar; que os jogadores atribuíam à vacinação&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Eu sou um grande fã dos jogos de cartas e tabuleiro&comma; sobretudo os modernos&comma; que têm essa capacidade de retratar temas interessantes com mecânicas fidedignas&period; Em 2008&comma; por exemplo&comma; foi lançado o já clássico Pandemic &lpar;editora Galápagos&comma; esgotado no Brasil&rpar; que simula uma doença que se espalha pelo planeta todo conforme a partida avança&comma; com os jogadores correndo contra o tempo para tentar conte-la – isso mais de uma década antes da Covid-19&period;<&sol;p>&NewLine;<p>O atualíssimo tema da poluição e os desafios da transição energética&comma; por sua vez&comma; foi abordado em CO2&colon; segunda chance&comma; de 2018&comma; do designer português Vital Lacerda &lpar;da editora MeepleBr&comma; também esgotado no país&rpar; em que os jogadores assumem o controle de companhias de energia com objetivo de deter a poluição sem deixar de suprir a crescente demanda por energia sustentável – e ainda ter lucro&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Já a importância da biodiversidade marinha e muito de sua dinâmica estão muito bem representados no jogo Aqua&comma; lançado ano passado e trazido para o Brasil pela editora Devir&period; Cada jogador começa a partida com um pequeno coral&comma; e conforme consegue desenvolver o habitat e atrair uma fauna mais diversa&comma; mais propícios para animais maiores tornam-se os ambientes&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Os exemplos são muitos&semi; poderia gastar linhas e mais linhas com títulos nacionais e estrangeiros&period; Independentemente do tema&comma; contudo&comma; meu entusiasmo vem de notar que os jogos analógicos modernos são instrumentos excelentes para fomentar o tipo de raciocínio sistêmico necessário para pensarmos questões muito relevantes hoje em dia&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Além disso&comma; podem ser bastante eficazes na simulação de experiências em primeira mão&comma; ampliando a compreensão de fenômenos de outra forma inacessíveis pela vivência direta&period; Como dizem os autores do jogo Pox&comma; &OpenCurlyDoubleQuote;se tecnologia é a criação e o uso de ferramentas&comma; técnicas e métodos de organização para resolver um problema ou servir a algum propósito&comma; os jogos são eles próprios tecnologias de criação de significado”&period; Uma das tecnologias de que mais precisamos hoje em dia&period;<&sol;p>&NewLine;<&sol;div>&NewLine;<p><br &sol;>&NewLine;<br &sol;>Fonte&colon; <a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;cnnbrasil&period;com&period;br&sol;colunas&sol;daniel-barros&sol;saude&sol;cartas-na-mesa&sol;">CNN Brasil<&sol;a><&sol;p>&NewLine;

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