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<p>O relatório final do Orçamento de 2025, apresentado na madrugada desta quinta-feira (20) pelo relator, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA), projeta um superávit primário de R$ 15 bilhões nas contas públicas. <strong>Foram excluídos dos cálculos os gastos com precatórios, conforme decidiu o <a href="https://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/leis-orcamentarias/loa/2025/tramitacao/parecer-da-cmo/relfinapres.html" target="_blank">Supremo Tribunal Federal (STF)</a></strong>. <img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1635307&;o=node" style="width:1px; height:1px; display:inline;"/><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1635307&;o=node" style="width:1px; height:1px; display:inline;"/></p>
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<p>“No substitutivo que ora apresentamos, o resultado primário do governo central, excluídas as mencionadas despesas com precatórios, é de superávit de R$ 15,0 bilhões, cumprindo-se, portanto, a meta constante das diretrizes orçamentárias para o exercício financeiro de 2025”, afirmou o relator.</p>
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<p><strong>Esse resultado, se confirmado, cumpre a regra de meta fiscal primária zero, conforme determina o arcabouço fiscal em vigor que limita as despesas da União</strong>. Os gastos primários são aqueles que excluem o valor gasto com a dívida pública.</p>
<p>A previsão é que os plenários da <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2025-03/congresso-antecipa-votacao-do-orcamento-2025-para-esta-quinta-feira" target="_blank">Câmara e do Senado concluam a votação do PLOA 2025 nesta quinta-feira (20)</a>. O Orçamento de 2025, segundo a Constituição, deveria ter sido aprovado em dezembro do ano passado. </p>
<h2>Trilhões</h2>
<p><strong>Ao todo, o substitutivo do relator prevê um total de R$ 5,8 trilhões em despesas para 2025, sendo R$ 1,6 trilhão apenas para o refinanciamento da dívida pública, com pagamento de juros e amortizações.</strong> Já a Seguridade Social deve custar R$ 1,8 trilhão, segundo o relatório.</p>
<p>Outros 2,2 trilhões são para o chamado orçamento fiscal, usado para financiar todos os poderes da República, o que abrange os três poderes, seus fundos, órgãos, autarquias, inclusive as fundações mantidas pelo Poder Público. Do total dos R$ 5,8 trilhões previstos no relatório, R$ 166 bilhões são para investimentos, como compra de equipamentos e obras.</p>
<h2>Teto de gastos</h2>
<p><strong>O parecer do relator explica ainda que houve um acrescimento nominal das despesas primárias de 6,84% em relação ao ano anterior, o que representa um acréscimo de R$ 143,9 bilhões em relação ao teto de gastos de 2024</strong>.</p>
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<p>“O teto de gastos aplicável a 2024 é de R$ 2.105,1 bilhões. Corrigindo-se esse valor pela inflação de 4,23%, apurada pela variação do IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] no período mencionado (atualização monetária de R$ 89,0 bilhões), e pelo percentual de 2,5% (crescimento real de R$ 54,9 bilhões), chega-se ao limite aplicável a 2025, de R$ 2.249,0 bilhões”, diz o relatório.</p>
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<p>O reajuste leva em conta as regras do arcabouço que corrigem o crescimento das despesas pela variação da inflação medida pelo IPCA somado a determinado valor do crescimento real das receitas. De acordo com o arcabouço, o aumento real deve ser limitado entre 0,6% e 2,5% acima da inflação, a depender da arrecadação do governo.</p>
<p><a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2025-03/governo-discute-solucao-para-r-15-bi-fora-do-teto-do-orcamento-2025" target="_blank">>;>;Governo discute solução para R$ 15 bi fora do teto do Orçamento 2025</a></p>
<h2>Emendas parlamentares</h2>
<p>O relatório final apresentado pelo relator do Orçamento de 2025 prevê as despesas com as emendas parlamentares, que é a parte do orçamento que os deputados e senadores definem como executar os recursos.</p>
<p><strong>A PLOA 2025 fixa em R$ 50,4 bilhões o valor total das 6,9 mil emendas individuais ou coletivas apresentadas. Estão previstos R$ 11,4 bilhões em emendas de comissões, tanto da Câmara como do Senado</strong>. Há ainda R$ 14,2 bilhões para as bancadas estaduais e outros R$ 24,5 bilhões para emendas individuais dos senadores e deputados federais.</p>
<p>A forma da execução dessas emendas tem sido questionada pelo STF, que <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2025-03/dino-da-10-dias-para-congresso-explicar-nova-norma-sobre-emendas" target="_blank">suspendeu o pagamento das emendas em 2024 exigindo novas regras com mais transparência</a> para o uso desse dinheiro.</p>
<p>Na semana passada, o <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2025-03/congresso-aprova-novas-regras-para-pagamento-de-emendas-parlamentares" target="_blank">Congresso Nacional aprovou as novas regras para a execução das emendas</a>, que seguem sendo alvo de questionamentos. Segundo os críticos, as emendas de Comissão continuam passiveis de serem pagas sem identificação do parlamentar autor da despesa, o que havia sido questionado pelo Supremo. </p>
<h2>Despesas com pessoal</h2>
<p>O relator Ângelo Coronel afirmou ainda que rejeitou as emendas apresentadas no Parlamento que pretendiam alterar a previsão orçamentária para reajuste de servidores e contratação de novos funcionários e realização de concursos públicos. <strong>O parecer prevê um aumento das despesas com pessoal e encargos sociais da ordem de R$ 33,1 bilhões.</strong></p>
<p>“Esse incremento reflete a intenção do Executivo, bem como dos demais Poderes e órgãos, de promover o fortalecimento de carreiras e adotar políticas de cargos e salários mais compatíveis com suas necessidades institucionais. Nesse contexto, não foram acatadas as emendas apresentadas com o objetivo de modificar o Anexo V do PLOA”, afirmou.</p>
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<br />Fonte: Agência Brasil<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2025-03/relator-do-orcamento-2025-projeta-superavit-primario-de-r-15-bilhoes"Agência Brasil</a></p>