“Golpe com estilingue” e “denúncia inepta”: defesas rebatem PGR no Supremo

Os advogados de defesa dos acusados pela suposta tentativa de golpe de Estado, denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), apresentaram, na manhã desta terça-feira, 25, argumentos baseados na ausência de elementos que sustentem as acusações. Os trabalhos ocorreram durante julgamento na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

As defesas também insistiram em ressaltar a inadequação do foro designado para o julgamento.

Os advogados designados para representar nomes como o general Augusto Heleno, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o almirante Almir Garnier Santos apontaram para argumentos que enfraquecem qualificações como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado de Direito.

“Golpe com estilingue”

Demóstenes Torres, advogado de Garnier Santos, afirmou que a denúncia deveria ser apreciada pelo plenário do STF, e não pela 1ª Turma.

Ele ainda citou o regimento do STF para basear a discordância com o rito sobre o julgamento em curso. De acordo com Demóstenes, não há elementos para basear a acusação sobre a utilização do armamento do Estado.

“Segundo o PGR, embora na trama tenha se imaginado a utilização de fogos e armamentos, no dia, os manifestantes ou golpistas estavam armados com paus, estilingues e ripas de prego”, acrescentou Demóstones. “O que me parece insuficiente para caracterizar uma organização criminosa armada.”

Defesa de Anderson Torres

Eumar Novacki, advogado de Anderson Torres, cobrou isenção do STF e afirmou que a Corte não é o foro adequado para o julgamento. Segundo Novacki, o ex-ministro deveria ser julgado pela Justiça do Distrito Federal.

“O que se espera da mais Alta Corte do país é que ela aja com isenção, que jamais permita que discussões políticas, partidária e ideológicas contaminem suas decisões”, disse Novacki. “Essa imparcialidade é fundamental para o Brasil.”

Defesa de Augusto Heleno no STF

O advogado do general Augusto Heleno, Matheus Mayer Milanez, reclamou da falta de acesso aos autos pela defesa. Ele também afirmou que o trecho da denúncia contra o general é “inepto”.

Segundo ele há a “necessidade de acesso à íntegra das provas, e não aos informes de polícia judicial”.

A primeira sessão ordinária do julgamento foi encerrada e será retomada a partir das 14 horas.

FONTE/CRÉDITOS: Revista Oeste

Fonte: Portal Sal da Terra

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Exit mobile version